Sacerdote agora faz parte do seleto grupo de 22 pessoas que receberam a maior honraria de Joinville, a Medalha Dona Francisca
(Na foto acima, da esquerda para a direita: Dom Francisco Carlos Bach, prefeito Adriano Silva, Monsenhor Bertino Weber com a placa e a medalha, vice-prefeita Rejane Gambin e vereador Maurício Peixer)
Monsenhor Bertino Weber, de 83 anos, vigário paroquial da Catedral São Francisco Xavier, foi agraciado com a Medalha Dona Francisca pela Prefeitura de Joinville na noite desta quarta-feira, 7 de julho. O sacerdote agora faz parte do seleto grupo de 22 pessoas que receberam a maior honraria do município em reconhecimento às suas grandes contribuições para o engrandecimento da cidade. A cerimônia foi realizada na Expoville apenas com a participação do homenageado e de autoridades e teve transmissão ao vivo pelo YouTube da Prefeitura.
A definição do nome de Monsenhor Bertino foi feita por um conselho formado pelo prefeito Adriano Silva, pela vice-prefeita Rejane Gambin e por secretários municipais. Adriano Silva destacou o desafio da escolha. “O homenageado é um exemplo do que nós almejamos para a nossa cidade. A responsabilidade de escolher um nome que represente tudo isso é muito grande, e só com a ajuda de Deus para que tenhamos a sabedoria para não trazer nomes errados, mas que venham a ser referenciados de forma muito fácil, como é o homenageado desta noite, o padre Bertino”, disse o prefeito.
(Na foto abaixo, Monsenhor Bertino recebe a Medalha Dona Francisca do prefeito Adriano Silva)
DNA joinvilense
O bispo da Diocese de Joinville, dom Francisco Carlos Bach, também falou com muito carinho do monsenhor: “Ele tem o DNA joinvilense. É um homem que trabalha muito, é incansável, dedicado, caridoso, é alguém que está sempre disponível para todos aqueles que chegam até ele. É também um sacerdote que tem o DNA do coração de Jesus. Eu o admiro muito! É um homem de oração e está sempre buscando, a todo momento, ir ao encontro daqueles que precisam dele”.
Para o bispo, Monsenhor Bertino é um homem de agradável companhia, sempre dedicado à função que exerce, alguém que está no coração do povo. “Ele não para, sempre está disponível. Compartilhei com o monsenhor vários momentos nestes quatro anos em que estou na Diocese de Joinville e a gente percebe o carinho que as pessoas têm por ele”, afirmou Dom Francisco.
Ao lembrar que “vocação acertada é vocação feliz”, o bispo enfatizou que Monsenhor Bertino é exemplo de alguém que acertou sua vocação, dedicando-se plenamente a ela. “Quando isso acontece, cada dia é de alegria, porque ele faz o que mais gosta, que é servir ao próximo. É um homem que tem o coração sacerdotal, como Jesus Cristo, que se entrega, se doa, não pensa em si, mas nos outros. Eu me sinto orgulhoso de ser bispo desta Diocese e de tê-lo como sacerdote nesta Igreja. Monsenhor pode ser considerado velho por muitos, porque tem 83 anos, mas digo que ele é um homem de juventudes acumuladas. Este homem é imparável, é um cidadão de Joinville e um sacerdote da Igreja”.
O presidente da Câmara de Vereadores de Joinville, Maurício Peixer, também lembrou o quanto o sacerdote é querido em toda a cidade. “Eu falo em nome dos 19 vereadores. Reconhecemos a sua luta e o seu trabalho. É uma pessoa que todos admiramos. Nós o acolhemos como joinvilense, Monsenhor Bertino”, afirmou.
(Na foto abaixo, Monsenhor Bertino com a Medalha e a placa)
Palavras do homenageado
“Eu sou um padre feliz. Obrigado!” Assim Monsenhor Bertino encerrou sua fala após receber a homenagem. Ele enalteceu a importância de uma base familiar sólida. “A nossa gratidão ao Deus da vida, aos meus pais e irmãos. Vi muitas vezes minha mãe com o rosário na mão e depois do jantar nos reuníamos para rezar e cantar”.
Confira outras partes do discurso:
“A primeira medalha que recebi foi o batismo, quando fui marcado com a força de Deus no meu coração. Esta marca nunca vai se apagar. Vivemos em uma sociedade complexa, o ser humano continua buscando respostas para suas perguntas, mudam-se os tempos, podemos até mudar nossas atitudes, mas a verdade não muda, e a verdade é Deus. Nele está a resposta de realização para cada ser humano.
O amor é a melhor música da partitura da vida. Sem amor, a gente será um eterno desafinado.
Quando Deus não tem mais lugar no nosso coração nós caímos na mediocridade e no egoísmo. Perder Deus é perder a vida e o sentido de tudo. Não se entregue à tristeza, não se atormente em seus pensamentos. A vida é maravilhosa. A alegria do coração é estar vivo e crer no Deus da Vida. Grande é o homem que não se deixa abater pelas tempestades da vida e põe a sua confiança em Deus.
Como sacerdote, senti na minha pele a dor e o sofrimento humano. Lágrimas pelas vidas arrancadas nas famílias. Há momentos em que a vida parece ser cruel. Esse tipo de mundo não foi Deus quem criou. É criação do próprio homem. Jesus mostrou ao mundo o que é amar.
Diante da palavra de Deus, é impossível não tomar posição. O nosso Deus é pai, tem um coração maravilhoso e misericordioso. O sacerdote deve estar disponível e transmitir orientação segura. O sacerdote que se isola dos problemas e dificuldades da vida e das pessoas não assumiu a sua missão como continuador da missão de Jesus Cristo.
O ser humano que só confia na tecnologia vive fechado em si mesmo e é interiormente corroído pela pretensão de ser o centro do Mundo. Vive no vazio de Deus. O ser humano só será feliz se souber trabalhar com alegria.
A mensagem de Jesus é forte, sempre nova e corajosa, é o pastor que vai atrás da ovelha perdida e ensina a perdoar. Nossa missão é instaurar a fraternidade e fazer da humanidade uma só família que seja capaz de espelhar a beleza de Deus.”
Monsenhor Bertino Weber
7 de julho de 2021
(Fotos: Secom Joinville)